Álvares Lobo

Álvares Lobo

Rua Doutor Álvares Lobo

Antonio Álvares Lobo nasceu em Itu, no dia 15 de junho de 1860 e faleceu em Campinas, no dia 17 de abril de 1934, no dia em que comemoraria bodas de ouro.

Era filho do maestro Elias Álvares Lobo e de Elisa Eufrosina da Costa Lobo. Foi casado com Guilhermina de Freitas Álvares Lobo, com quem teve sete filhos.

Iniciou seus estudos na cidade de Itu. Em 1879, entrou para a Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em 1894. Advogou em Campinas, ao lado de Francisco Glicério e foi presidente do Clube Republicano, quando do advento do novo regime.

Abolicionista convicto, desenvolveu uma campanha tenaz e audaciosa contra os escravocratas, despertando-lhes a ira. Esteve exposto a perseguições e ameaças, chegando a receber um ultimato para que se retirasse de Campinas, sob pena de ser expulso, caso não cumprisse com a ordem. Por iniciativa de Rangel Pestana, o ultimato foi discutido na Assembleia Provincial de São Paulo, vindo a fracassar.

Com a Proclamação da República, foi constituído o primeiro Conselho de Intendentes de Campinas, em janeiro de 1890. Antonio Álvares foi eleito presidente da Intendência e, como tal, chefe do Executivo. Nas segunda e terceira epidemias de febre amarela, prestou notáveis serviços à cidade, especialmente com relação ao saneamento.

Em 1894, quando da renovação da Câmara Municipal, foi investido nas funções de Intendente de Higiene e, posteriormente, de Intendente Geral.

Foi vereador em várias legislaturas: 1892-1895; 1902-1905; 1909-1911. Assumiu a presidência da Câmara em 1911.

Em 1902, elegeu-se deputado da Câmara dos Deputados de São Paulo e tomou parte da Comissão que reviu a Constituição Estadual. Foi reeleito sucessivas vezes, assumindo a presidência do legislativo paulista de 1915 até 1927, ano em que abandonou a política, após a morte de Carlos de Campos, Presidente do Estado de São Paulo.

Passou a se dedicar à advocacia e em 1932, registrou-se na Ordem dos Advogados, participando da diretoria da OAB Campinas durante várias gestões, chegando a ser presidente de sub-seção.

Antonio Álvares Lobo, durante toda a sua vida, se dedicou a inúmeros empreendimentos filantrópicos, tomando parte da fundação, manutenção e direção de quase todos os estabelecimentos de caridade de Campinas. Foi presidente do Instituto Profissional Bento Quirino, provedor da Santa Casa de Misericórdia, presidente da Maternidade de Campinas e vice-presidente do Hospício de Dementes de Arraial de Souzas.

Foi proprietário e diretor do jornal “A Cidade de Campinas”, que teve Paulo Lobo, seu irmão, como redator-chefe e José Vilagelin Júnior, como redator-secretário.

O Ato nº 57, de 1934, do prefeito Perseu Leite de Barros, homenageia Antonio Álvares Lobo, atribuindo o seu nome à via que acompanha o antigo leito da linha Funilense, entre a rua Marechal Deodoro e a Avenida Barão de Itapura.

Links

Ato nº 57, de 1934

Referências