Avenida das Amoreiras

A Avenida das Amoreiras, uma das vias mais extensas da cidade de Campinas, que atravessa diversos bairros, recebeu esta denominação pois nela se situava o órgão público de Serviço de Sericicultura do Estado.

O estímulo à atividade agrícola e industrial da sericicultura no Brasil deu-se na primeira metade do século XX, em grande parte devido ao aumento de demanda por seda em escala mundial no período do final Segunda Grande Guerra.

Em 1932, a instalação da fábrica em Campinas, onde anteriormente esteve estabelecida a Indústria de Seda Nacional, ocorreu com grande investimento no cultivo de mudas de amoreira. As folhas desta árvore, de origem asiática, são muito utilizadas para a alimentação do bicho-da-seda. Houve investimento também na produção de ovos do bicho-da-seda e em seu aperfeiçoamento, na criação de redes de assistência técnica e no treinamento de mão de obra para criação das lagartas.

Nesta época, também foram desenvolvidas pesquisas nas áreas de sementagem, tecnologia sérica, sanidade animal e vegetal, técnicas criatórias, nutrição e, principalmente, seleção e melhoramento animal e vegetal.

Por solicitação do Dr. Francisco de Assis Iglésias, na época diretor efetivo do Serviço de Sericicultura, ao Prefeito de Campinas José Pires Netto a Avenida das Amoreiras recebeu esta denominação através do Ato nº 86, de 14 de novembro de 1935.

Já a Lei nº 1.733, de 3 de abril de 1957, em seu 2º artigo, denominou o prolongamento da Avenida das Amoreiras no trecho da estrada de Viracopos até o limite final do Jardim Novo Campos Elíseos.

Links

Ato nº 86, de 14 de novembro de 1935Lei nº 1.733, de 3 de abril de 1957

Referências

CENTRO DE MEMÓRIA DA UNICAMP. Avenida das Amoreiras. Disponível em: https://atom.cmu.unicamp.br/uploads/r/null/e/0/0/e000c1911df5145be20d9e5f0833f79f20531c7bd5ffbbd61102175d98fd8731/79db8aa4-1608-4ed7-8076-5b040af0790b-ANPV_01_00327.pdf

PORTO, A. J. Histórico e evolução do módulo produtivo na Sericicultura brasileira / Historic and evolution of the production module in brazilian Sericulture. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP / Journal of Continuing Education in Animal Science of CRMV-SP. São Paulo: Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 17, n. 1, p. 40-49, 2019.