Antonio da Costa Santos

Antonio da Costa Santos

Praça Prefeito Antonio da Costa Santos (Toninho do PT)

Antônio da Costa Santos, conhecido no meio político como Toninho do PT, foi arquiteto, urbanista, professor universitário e político que nasceu em Campinas-SP em 4 de março de 1952 e faleceu em 10 de setembro de 2001, na mesma cidade. Era filho mais velho de Joaquim da Costa Santos e Clemência das Neves Santos, nascidos em Portugal que vieram residir no Brasil ainda jovens.

 Passou a infância no tradicional bairro do Cambuí e aos 17 anos ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em São Paulo no ano de 1970, concluindo a graduação em 1974. 

Toninho iniciou sua vida profissional em 1975 de volta à Campinas em um escritório e no mesmo ano passou a atuar como professor assistente no curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCCamp.

Atuou também em trabalhos sociais em comunidades carentes da periferia de Campinas, sendo o primeiro deles a construção do Salão Paroquial Cura D’ars no Jardim São Gabriel. Colaborou com associações de moradores na luta por moradia e melhores condições de vida e com a construção de residências unifamiliares. 

Em 1978, iniciou seu mestrado na Universidade Federal de São Carlos com foco em habitação de interesse social e desfavelamento.

Em 1981, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores de Campinas, iniciando sua carreira político-partidária, onde permaneceu até seu falecimento.

Em 1985 apresentou sua Dissertação de Mestrado na FAU-USP – São Carlos. Propôs também o tombamento de sua propriedade Casa Grande e Tulha e criou a “Fundação Febre Amarela”, responsável pela preservação de vários prédios históricos da cidade e que veio a contribuir para a criação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Cultural de Campinas (CONDEPACC) em 1987.

Em 1989 elegeu-se vice-prefeito de Campinas e também foi nomeado Secretário de Obras da prefeitura da cidade.

Em 1992, após sair do cargo público, iniciou seu Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela USP, realizando uma pesquisa de reconstituição de parte do trajeto da "Rota dos Goiases", antiga rota usada pelos bandeirantes do século XVIII para realizar a exploração de ouro na região central do Brasil, aprofundando-se também nos estudos sobre a origem da cidade de Campinas.

No ano de 2000, foi eleito Prefeito de Campinas, tendo como sua vice Izalene Tiene, Assistente Social. Seu mandato foi marcado por profundas mudanças estruturais na administração pública municipal. Reduziu uma média de 30% o valor dos contratos públicos nas áreas de merenda escolar, segurança, coleta de lixo, etc.

Foi também responsável pela criação da Lei da Área de Preservação Ambiental de Sousas e Joaquim Egídio (APA).

Foi um defensor da urbanização de favelas no município, tais como os “Planos de Urbanização Específica”: Favela Jardim Londres – 284 lotes; Favela Campos Elíseos 25 – 132 lotes; Bairro Nova Aliança – 179 lotes; Campos Elíseos 29 – 157 lotes; Bairro da Vitória – 392 lotes; Santa Eudóxia – 102 lotes; Vila Georgina – 66 lotes; Santa Mônica – 154 lotes.”

Deu início ao projeto de criação da Cidade Viracopos, que consistia na construção de um bairro para abrigar a população que seria desalojada devido à expansão do Aeroporto Internacional. 

Com apenas oito meses de governo, no entanto, em 10 de setembro de 2001, Antonio da Costa Santos foi assassinado. As circunstâncias em que isso ocorreu bem como os autores nunca foram descobertos ou condenados.

Links

Lei nº 11.517, de 15 de abril de 2003

Referências

CASTELLANI, Antonio Luiz Tebaldi. Antonio da Costa Santos: uma arquitetura moderna e social em Campinas. Biblioteca Digital da UNICAMP. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/296853945.pdf Acesso em 9 jan. 2024.

DURANTE, Silvio. Enciclopédia Biográfica de Arquitetos Digital: Antonio da Costa Santos. Disponível em: https://www.ebad.info/santos-antoniodacosta Acesso em: 10. jan. 2024.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Conheça Campinas: Antonio da Costa Santos. Disponível em: https://bibliotecajuridica.campinas.sp.gov.br/index/visualizaroriginal/id/116602 Acesso em 9. jan. 2024.