Benedicto Octávio de Oliveira

Benedicto Octávio de Oliveira

Rua Benedicto Octávio

Benedito Otávio de Oliveira foi teatrólogo, poeta e historiador, nasceu em 20 de novembro de 1871, no Sítio das Palmeiras, às margens do rio Atibaia em Souzas. Era filho de uma escrava ficando órfão cedo.

Começou a trabalhar em uma alfaiataria, a fim de adquirir os livros para estudo. Como tipógrafo, iniciou sua carreira trabalhando primeiramente na Gazeta de Campinas e posteriormente no Correio de Campinas.

Tornou-se jornalista efetivo, fazendo parte do corpo redatorial do Mensageiro, que circularia mais tarde com o nome de A Tribuna.

Trabalhou durante seis anos nos escritórios da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e, a partir de 1900, tornou-se funcionário da Câmara Municipal, atendendo a um convite de Leopoldo Amaral ocupando seu lugar como secretário em 1915 em virtude da aposentadoria de Leopoldo, onde atuou até 1927 data do seu falecimento.

Como teatrólogo, escreveu mais de 30 trabalhos, entre dramas, comédias e operetas. As peças eram apresentadas de forma bastante precária no Salão Cáritas. Por conta dissso, Dom João Nery, primeiro bispo de Campinas, construiu um pequeno teatro dedicado aos artistas armadores, anexo ao Externato São João, dos padres salesianos. Como poeta, em 1906, lançou Ananké, em versos alexandrinos. A obra foi editada em 1900 pela Casa Livro Azul. Em 1905, escreveu Campinas Antiga, por ocasião da visita do imperador D. Pedro II à cidade.

Publicou também Apontamentos Históricos e Estatísticos de Campinas, obra impressa e em 1922, publicou, Campinas e a Independência, seu trabalho histórico mais importante, que foi editado pela Casa Genoud. Morreu aos 55 anos.

Benedito Otávio de Oliveira foi o fundador da cadeira nº 18 da Academia Paulista de Letras, patrono da cadeira nº 24 da Academia Campinense de Letras e como patrono da cadeira nº 6 do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas.

Links

Edital 12 de setembro de 1927

Referências