Carlos Gomes - Acervo da Câmara Municipal de Campinas

Carlos Gomes - Acervo da Câmara Municipal de Campinas

Praça Carlos Gomes

Compositor brasileiro pioneiramente reconhecido no cenário musical internacional, Antonio Carlos Gomes nasceu em em 11 de julho de 1836 na cidade de Campinas (SP), na época então Vila de São Carlos, filho de Manoel José Gomes, conhecido como Maneco Músico, e Fabiana Maria Jaguary Cardoso. 

Tonico, apelido que recebeu em seu ambiente familiar, teve seus primeiros aprendizados musicais sob orientação de seu pai, que era mestre-de-capela, contando também com os incentivos de seu irmão mais velho José Pedro de Sant’Anna Gomes, o Juca Músico. Cresceu, assim, em um ambiente de grande estímulo musical, em uma casa que contava com grande acervo de partituras desde importantes compositores internacionais de óperas até os de peças sacras do chamado barroco mineiro como Manuel Dias, João de Deus e Prisciliano da Silva. Em sua adolescência já praticava trabalhos de composição e em 1854 sua primeira missa foi executada em uma igreja local pela banda de música formada por Maneco Músico e seus filhos. 

Aos 23 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no Conservatório de Música onde foi aluno do maestro italiano Gioacchino Giannini. 

Em 4 de setembro de 1861, estreou no Teatro Lírico Fluminense sua primeira ópera chamada “A Noite do Castelo”, dedicando-a ao Imperador Dom Pedro II. Em 1863, apresentou sua segunda ópera “Joana de Flandres” e foi indicado para receber uma bolsa de estudos na Europa.

Partiu para Milão em 1864 e apesar de ter recusada sua inscrição ao Conservatório de Milão devido à idade, teve aulas particulares com o maestro Lauro Rossini e foi aprovado no exame final de composição, recebendo o título de maestro. Casou-se com a pianista Adelina Peri.

A obra de importante marco na carreira musical de Carlos Gomes “O Guarani”, com libreto italiano baseado no romance de José de Alencar, estreou com sucesso em 1870, no Teatro Scalla de Milão, passando posteriormente por grandes teatros de outros países, incluindo temporada no Brasil em Salvador, Bahia. Dentre suas composições estão ainda “Fosca”, “Salvator Rosa”, “Maria Tudor”, “O Escravo” e “Condor”.

Carlos Gomes retornou definitivamente ao Brasil em 1895, recebendo o convite para dirigir o Conservatório do Pará. Porém, já muito doente, faleceu em 16 de setembro de 1896 em Belém do Pará, sendo depois sepultado no Cemitério da Saudade em Campinas.

Referências