João César Bueno Bierrenbach nasceu em Campinas em 7 de abril de 1872 e faleceu em 2 de julho de 1907 no Rio de Janeiro. Foi advogado, jornalista, conferencista, poeta e notável orador.
Filho do capitão João Antonio Bierrenbach, um pioneiro do processo de industrialização de Campinas e inventor das primeiras máquinas de beneficiamento de café, e de Maria Clementina da Silva Bueno, de tradicional família paulista.
Estudou no Colégio São Luís em Itu e no tradicional colégio Culto à Ciência de Campinas. Ingressou em 1889 na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se formou em 1892. Com apenas 19 anos, já demonstrava seu talento para a oratória ao fazer um discurso contra o pedágio que era cobrado dos pedestres para atravessar o Viaduto do Chá, ponte que liga o bairro ao centro de São Paulo. A repercussão de sua fala contribuiu para que a cobrança fosse por fim abolida e a passagem dos pedestres liberada. Ainda na faculdade fundou uma Revista Acadêmica, por meio da qual reivindicou a homenagem a três grandes poetas, Castro Alves, Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, com a colocação de seus nomes no portal de entrada da escola.
Em 1900 assumiu o cargo de professor de História Geral no Colégio Culto à Ciência, atuando também na imprensa e proferindo discursos, muitos dos quais foram reunidos e publicados por suas irmãs Vicentina e Noêmia Bierrenbach em 1937.
Ao lado de Coelho Neto e Vieira Bueno, em 1901 foi um dos fundadores e primeiro secretário do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, instituição onde poderiam se reunir para o estudo e produção de atividades científicas e artísticas.
Amigo íntimo do maestro Carlos Gomes, fez parte de uma comissão que empreendeu grandes esforços para que o compositor fosse homenageado após sua morte pelo traslado de seu corpo de Belém do Pará para Campinas e ereção de um monumento túmulo, ocasião em que discursou. Foi também um dos idealizadores do Arquivo Carlos Gomes, posteriormente Museu Carlos Gomes, que contaria com acervo de partituras, correspondências e objetos que pertenceram ao maestro.
Um busto de bronze foi inaugurado em sua homenagem em 1912, obra do escultor Rodolfo Bernardeli, feito sob a orientação do arquiteto Ramos de Azevedo, instalado inicialmente no Largo do Rosário e depois transferido para a Praça Bento Quirino.
A rua que atualmente recebe seu nome anteriormente foi denominada Rua do Góes.
