Cipião Ferreira Goulart Junqueira nasceu em Iguapé em dezembro de 1825 e faleceu na cidade de Santos em 4 de fevereiro de 1897.
Fez seus estudos no Seminário de São José, no Rio de Janeiro e foi ordenado Sacerdote em São Paulo em 1851. Foi coadjutor da Paróquia de Morretes, então Província de São Paulo em 1852, foi Vigário de Iguape entre em 1852 e 1857 e de Santos de 1861 a 1885.
Ingressou na política filiando-se ao Partido Conservador e foi eleito Deputado Provincial de São Paulo por cinco mandatos (de 1858 a 1860 e de 1870 a 1875). Também foi eleito Presidente da Assembleia Legislativa Provincial por três mandatos seguidos, de 4 de fevereiro de 1871 a 4 de fevereiro de 1874.
Em 25 de junho de 1885, Cônego Cipião de Santos mudou-se pra Campinas para ocupar o cargo de 17º vigário na igreja de Nossa Senhora da Conceição, tomando posse no dia seguinte. Estabeleceu aulas de catecismo na paróquia, não se descuidando da conservação da igreja e do asseio e decência do culto, e visitou enfermos e socorreu pobres.
Em 1889, quatro anos após sua transferência, a cidade foi tomada pela epidemia de febre amarela. Com o propósito de socorrer os enfermos e os que passavam fome, em associação com o Dr. Alberto Sarmento, o cônego criou a Sociedade Protetora dos Pobres, que teve sua primeira reunião realizada na Matriz de Santa Cruz em 7 de abril 1889.
Em abril de 1889 precisou assumir a direção da Paróquia de Santa Cruz em substituição ao padre Neri, que quase fora vítima da febre amarela.
Devido a segunda epidemia em 1890, ficou enfermo e solicitou licença por um ano para tratar sua saúde em Lambari e Caxambu.
Retornou a Campinas em 26 de abril de 1892 e antes mesmo do fim do período de licença, voltou ao exercício de suas funções em 2 de maio.
Porém, continuando doente, em 1894 propôs e obteve permuta com o então Cônego Neri e retirou-se para a região de Santos, onde veio a falecer no ano de 1897.
A rua que atualmente recebe seu nome anteriormente também teve as seguintes denominações: Rua 24 de maio e Rua do Tanque.
