Domicio de Lacerda Pacheco e Silva nasceu em 29 de outubro de 1895, na cidade de São Paulo e faleceu nessa mesma cidade, em 23 de agosto de 1977.
Era filho de Pérsio Pacheco e Silva e de Escolástica de Lacerda Franco. Casou-se com Maria de Nazaré Pompeu de Camargo, de tradicional família campineira.
Domicio iniciou seus estudos na Escola Americana de São Paulo e seguiu, depois, para Paris, onde frequentou a Escola Richelieu. De volta ao Brasil, matriculou-se na Escola de Engenharia Mackenzie, graduando-se engenheiro civil em 1915.
Ocupou importantes cargos no governo estadual como Diretor do Departamento de Municipalidades, quando foram saneadas as finanças e iniciados os serviços de água e esgoto de numerosas cidades do interior do Estado. Em 1934, foi empossado como primeiro Diretor do recém criado Departamento de Estradas de Rodagem – DER.
Participou da Revolução Constitucionalista de 1932, como Organizador e Chefe dos Serviços de Transporte da Revolução, recebendo quatro citações honrosas na Ordem do Dia do Coronel Figueiredo, alcançando o posto de Major.
Em 1940, ao lado de Rodion Podolsky e Nelson Noronha Gustavo Filho, fundou em Campinas a Companhia Imobiliária Campineira, responsável pelos loteamentos do Jardim Proença e Parque Taquaral.
Foi Diretor Técnico da Imobiliária Panorama S.A., empresa criada para dar continuidade aos trabalhos de fundação da cidade de Panorama, dos quais participaram outros campineiros, como Augusto Nadalutti.
Domicio foi o fundador e primeiro Presidente do Aeroclube de São Paulo e um dos idealizadores e propulsores do aeroporto de Viracopos. Organizou a Primeira Exposição de Automóveis no Brasil e foi diretor do Autódromo de Interlagos.
Atuou como Engenheiro Assistente do geólogo Washburne nos estudos e pesquisas de petróleo no Estado. Publicou vários artigos sobre o tema no jornal O Estado de São Paulo, posteriormente reunidos em uma coletânea sob o título “O petróleo no Brasil”.
Domicio desenhou o primeiro projeto do Estádio do Pacaembu, em 1920. O projeto previa um estádio sem portas ou portões, com entrada livre e gratuita para quem quisesse assistir aos jogos.
Domicio Pacheco e Silva foi paulistano e campineiro, ao mesmo tempo, pois dividia suas intensas atividades entre as duas cidades. Em sua homenagem, uma rua no Jardim Londres recebeu o seu nome, conforme o Decreto nº 5.319/1978.