Francisco Teodoro de Siqueira e Silva nasceu em Campinas, no dia 15 de março de 1836 e faleceu na mesma cidade em 7 de fevereiro de 1889.
Era filho de Joaquim Teodoro da Silva e de Maria Barbara de Siqueira e Silva. Ao lado de seu irmão, João Teodoro, fundou o primeiro jornal de Campinas.
Era o ano de 1836, quando Hercules Florence viajou ao Rio de Janeiro e com suas economias adquiriu uma tipografia. Com o advento da Revolução Liberal de 1842, Florence colocou sua tipografia a serviço do movimento Nascia assim o jornal “O Paulista”, dirigido pelo Regente Feijó, em Sorocaba.
Findo o movimento e restabelecida a paz, Hercules Florence retornou à Campinas. Sua tipografia foi vendida aos irmãos João e Francisco Teodoro.
Em 4 de abril de 1858, os irmãos Teodoro lançaram o semanário “Aurora Campineira”. As edições saiam sempre aos domingos. Seu nome foi inspirado na “Aurora Fluminense”, jornal que circulava na corte do Rio de Janeiro.
Na “Aurora Campineira” eram publicados pequenos anúncios do comércio local, editais e ofícios da Câmara Municipal. Coube a João Teodoro criticar os políticos desonestos em seu jornal e toda sorte de injustiça. Isso lhe custou algumas perseguições e processos.
A “Aurora” circulou por quase dois anos. Em 10 de junho de 1860, deu lugar ao jornal “O Conservador”, também de propriedade dos irmãos Teodoro, tendo como diretor, Francisco Antonio de Araújo.
“O Conservador” deixou de circular em 11 de novembro de 1860, emudecendo a imprensa de Campinas pelo espaço de 9 anos.
A Tipografia dos irmãos Teodoro permaneceu trabalhando, fato é que, em 1862, nela se empregou Francisco Glicério, que havia desistido de seu curso de Direito na capital e retornado a Campinas, em razão da morte de seu pai. Glicério, na Tipografia Campineira dos Irmãos Teodoro, se ocupava na fabricação de rótulos para garrafas de licor, trabalho esse que mal garantia a sua subsistência.
Francisco Teodoro, em certo momento de sua vida, permutou terrenos com a Companhia Paulista de Estradas de Ferro o que trouxe vantagem pecuniária ao cofre municipal de Campinas. Por esse motivo, o vereador Joaquim Monteiro de Carvalho e Silva, apresentou proposta em 20 de maio de 1886, para que o nome de Francisco Teodoro fosse dado à rua que separava os terrenos dele e da companhia ferroviária.
