Geraldo Ribeiro de Sousa Rezende nasceu em 19 de abril de 1846 no Rio de Janeiro e faleceu em 1º de outubro de 1907 na Fazenda Genebra. Era filho de Estêvão Ribeiro de Rezende, Marquês de Valença, e de Ilídia Mafalda de Sousa Rezende, Marquesa de Valença.
Ainda jovem mudou-se para Campinas para dedicar-se à agricultura na Fazenda Santa Genebra, propriedade que havia pertencido a seu pai e ao avô materno. A fazendo ficou reconhecida como modelo no campo da cafeicultura por suas inovações tecnológicas e de cultivo, com avançada maquinaria industrial.
Em 1876, casou-se no Rio de Janeiro com Maria Angélica Barbosa de Oliveira, filha do Conselheiro Albino.
Trabalhou na política como vereador da Câmara Municipal de Campinas entre 1883 e 1886, filiado ao Partido Conservador, do qual foi presidente de 1884 a 1889. Foi também deputado geral integrando o Parlamento Nacional que precedeu à Proclamação da República, onde trabalhou em prol dos senhores de terra: orçamentos, núcleos de colonização, isenção de impostos para os investidores, etc.
Por sua militância em prol da monarquia, recebeu diversos títulos de honra do Governo Imperial dentre eles o de Moço Fidalgo com exercício na Casa Imperial e Comendador da Imperial Ordem de Cristo.
Em 1889, foi agraciado por Dom Pedro II com o título de Barão de Iporanga, que pouco tempo depois foi alterado, a seu pedido, para Barão de Geraldo de Rezende.
Com a Proclamação da República deixou sua carreira política para se concentrar exclusivamente à agricultura na Santa Genebra e em sua família. Foi quando adquiriu as Fazendas Santo Antônio e Monjolinho e alguns sítios a fim de ampliar suas produções.
Barão Geraldo atuou caridosamente em favor da população de Campinas. Doou terras e dinheiro para atender as necessidades do antigo Liceu de Artes e Ofícios de Campinas, sendo assim um de seus maiores benfeitores, integrou a Mesa Administrativa da Santa Casa de Misericórdia entre 1891 e 1907 e deu apoio a outras instituições de caridade e religiosas da cidade.
Em 1898, elaborou o “Projeto de Valorização do Café” para propor várias medidas tais como: retirar o excedente do mercado, revisar tarifas, melhorar o produto e sua cultura, facilitar a exportação para outros estados, entre outras. No entanto, com a piora da crise de excesso de produção cafeeira no início do século XX, queda nos preços, nas vendas e mão de obra, o Barão precisou recorrer a empréstimos para ajudar nas despesas da lavoura e, com o tempo, inevitavelmente, enfrentou a falência.
