Barão de Itapura - Acervo da Câmara Municipal de Campinas

Barão de Itapura - Acervo da Câmara Municipal de Campinas

Avenida Barão de Itapura

Joaquim Policarpo Aranha, o Barão de Itapura, nasceu por volta de 1809 na então Vila de Ponta Grossa, comarca de Curitiba, na época pertencente à Província de São Paulo. Era irmão do Comendador Manuel Carlos Aranha, o Barão de Anhumas.

Ainda jovem mudou-se para a Vila de São Carlos, posteriormente cidade de Campinas,

Foi um dos maiores fazendeiros da região, proprietário de grandes extensões de terra, dentre elas as tradicionais Fazenda do Chapadão, Dois Córregos, Bom Retiro e Atibaia.  

Em 6 de fevereiro de 1843, casou-se com Dona Libânia de Souza Aranha, sua prima de segundo grau, com quem teve seis filhos. Dona Libânia era filha de Francisco Egídio de Souza Aranha e Dona Maria Luzia de Souza Aranha, baronesa e viscondessa de Campinas.

Atuou também no âmbito político integrando o Partido Liberal por meio do qual elegeu-se vereador para o triênio de 1845 a 1848.

Foi membro da Guarda Nacional, tendo recebido a patente de capitão de milícia.

Prestou auxílio financeiro para a construção da Matriz Nova de Nossa Senhora da Conceição em Campinas que iniciou em 1807 e foi inaugurada em 1883.

Foi um dos financiadores da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, fundada em Campinas por volta de 1872, a fim de facilitar o escoamento das produções de açúcar e café.

Por volta de 1880, iniciou a construção de um palacete para servir como residência de sua família, que se tornou conhecido como Solar do Barão de Itapura. O imóvel foi herdado por sua filha Izolethe de Souza Aranha, que em 1935 passou a alugá-lo à Arquidiocese de Campinas e posteriormente foi transferido à Sociedade Campineira de Educação e Instrução, instituição mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC).

Em 1883, por seus relevante serviços prestados à sociedade campineira, Joaquim Policarpo Aranha foi condecorado pelo Governo Imperial com as insígnias de Comendador da Imperial Ordem da Rosa, recebendo então o título de Barão de Itapura.

 O barão faleceu aos 93 anos no dia 6 de janeiro de 1902 em Campinas.

Links

Ata da Sessão de 28 de fevereiro de 1887

Referências

Menegaldo, Ana Beatris Fernandes. Entre o rural e o urbano: o Barão de Itapura como agente modelador da cidade de Campinas, SP (1869-1902). 2019. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2019. Disponível em: https://www.campinas.sp.gov.br/arquivos/cultura/paratodos/folhetos/paratodos22.pdf Acesso em: 31 ago. 2023.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Monografia histórica do município de Campinas. Rio de Janeiro: IBGE, 1952. p. 277.