O mapa do relevo do Estado de São Paulo tem basicamente 04 divisões geomorfológicas: Planície Litorânea, Planalto Oriental ou Planalto Atlântico, Depressão Periférica e Planalto Ocidental. (veja imagem abaixo).
Campinas se situa a cerca de 90 km a Noroeste da capital São Paulo, na área limite entre o Planalto Atlântico e a Depressão Periférica, uma região que historicamente é denominada de Oeste Paulista.
O espetacular enriquecimento da cidade no final do século XIX e começo do século XX, em razão do plantio do café, o Ouro Verde, cultivado por escravos e depois por imigrantes, alçou Campinas ao posto de Capital Agrícola de São Paulo.
A designação de Princesa às cidades que se destacaram na cafeicultura do século XIX, parecia ser algo comum. Assim, Vassouras, no Rio de Janeiro, foi chamada de Princesa do Vale e Campinas, de Princesa do Oeste. Curiosamente, a primeira foi berço do Estado Imperial, enquanto a segunda, palco do movimento republicano.
A Lei nº 1.129, de 18 de maio de 1954 deu a denominação de Avenida Princesa do Oeste à continuação da Avenida José de Sousa Campos.
Referências
ABRAHÃO, Fernando Antonio. Riqueza e mobilidade social na economia cafeeira: Campinas, 1870-1940. Campinas: Pontes Editores e IHGG, 2019. Disponível em: https://ihggcampinas.org/2019/07/02/riqueza-e-mobilidade-social-na-economia-cafeeira-1870-1940/. Acesso em: 10 abr. 2024.
ALMEIDA, F. F. M. de. Fundamentos geológicos do relevo paulista. In: Geologia do Estado de São Paulo, São Paulo: IGC, 1964, p. 167-263 (IGC, Bol. 41). Disponível em: https://revistaig.emnuvens.com.br/rig/article/view/600. Acesso em: 12 abr. 2024.
CARPINTERO, Antonio Carlos Cabral. Momento de ruptura: as transformações do centro de Campinas na década de 1950. Campinas: CMU Publicações. (Coleção Campiniana, 8), 1996, pp.21-24. Disponível em: https://ihggcampinas.org/2019/10/09/campinas-notas-geograficas/. Acesso em: 10 abr. 2024.
RIBEIRO, Maria Alice Rosa e CUNHA, Maisa Faleiros da. A “Segunda Escravidão” na Princesa do Vale (Vassouras, RJ) e na Princesa do Oeste (Campinas, SP), 1797-1888. Dossiê Escravidão e Liberdade na Diáspora Atlântica. História 37. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-4369e2018029. Acesso em 10 abr. 2024.
