Joaquim Quirino dos Santos nasceu em Campinas no dia 15 de maio de 1820 e morreu na mesma cidade em 28 de fevereiro de 1889.
Era filho do Major Joaquim Quirino dos Santos e de sua primeira esposa, Sra. Manoela Joaquina de Oliveira. Bento Quirino e Francisco Quirino eram seus irmãos.
Foi comerciante, fazendeiro, delegado de polícia e filantropo. Militou ativamente na política pelo partido conservador no segundo Império, sendo vereador de 1837 a 1840.
Na Guarda Nacional, subiu de promoção em promoção, chegando ao posto de comandante superior dos batalhões e esquadrões da cavalaria e da infantaria e da artilharia da cidade.
Suas ações filantrópicas eram notórias e frequentes. Era muito comum vê-lo fazendo doações em dinheiro para amparar os mais desvalidos. Em 1877, por exemplo, conclamou os membros da comissão que angariou donativos para as vítimas das inundações em Portugal, a fazerem o mesmo pelas vítimas da seca do norte e do sul do Império. Ele próprio doou para essa causa mil contos de réis.
Em 1875, a epidemia de bexigas (a varíola) assolou a cidade de Campinas. Quem pode, retirou-se para as fazendas aos arredores. Os pobres permaneceram na cidade. Os médicos eram poucos. Faltavam enfermeiros e os remédios eram insuficientes
O Coronel Joaquim Quirino ficou com os pobres e resolveu abrir um hospital com seu próprio dinheiro, o lazareto Quirino.
Quando do falecimento de Joaquim Corrêa de Melo (o Joaquinzinho da botica), formou-se uma associação com o objetivo de perpetuar a sua memória. Ergueu-se em uma praça, uma escola para crianças carentes, que foi denominada Colégio Corrêa de Melo. O dinheiro arrecadado, com o passar do tempo, tornou-se escasso e chegou a comprometer o pagamento dos professores. O Coronel Quirino, que fazia parte da diretoria da escola, assumiu todos os gastos sozinho. Em seu aniversário de 54 anos, ele foi homenageado pelos alunos do colégio, que formavam uma banda, e se dirigiram até a sua casa para felicitá-lo pela data. Era uma forma de expressar gratidão por aquele que era o responsável por manter a escola gratuita.
Foi empreendedor, ajudando a fundar o o Teatro São Carlos e a Companhia de Gás. Foi acionista da Companhia de Águas e Esgotos, da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
Desempenhou suas atividades como delegado da cidade de maneira enérgica, não medindo esforços para a manutenção da ordem. Vez ou outra, cometia excessos no empenho para que os delitos fossem devidamente punidos. E foi exatamente isso que provocou sua exoneração do cargo em 27 de novembro de 1875.
Há relatos de que a população de Campinas não concordou com a exoneração e as pessoas temiam que a segurança da cidade ficasse comprometida com a saída do coronel Quirino.
Coronel Quirino foi ainda comissário do café em Santos. Infelizmente, essa atividade o levou à falência, fazendo com que terminasse seus dias em situação paupérrima.
A rua aberta em 1881 receberia, por sugestão do Dr. Valentim José da Silva Lopes Júnior, o nome de Amador Bueno. Mas a Comissão de Obras Públicas em seu parecer sugeriu que aquela via passasse a ser chamar Coronel Quirino. O parecer foi acatado pela Câmara de Campinas na sessão de 1º de agosto de 1881.
