Irmã Serafina

Irmã Serafina

Rua Irmã Serafina

Irmã Maria dos Serafins Favre nasceu em Sabóia, na França no dia 9 de outubro de 1884 e faleceu em Campinas no dia 14 de abril de 1889.

Irmã Serafina pertencia à Congregação das Irmãs de São José, de Chambéry. Chegou à Campinas, em 1876, para trabalhar no Hospital da Santa Casa de Misericórdia.

Em 1879, a Irmandade de Misericórdia fundou, junto à Santa Casa, o Asilo dos Órfãos. Depois de cinco anos, quando o estabelecimento já possuía 200 matrículas de crianças, a sua direção foi entregue à Irmã Serafina, auxiliada pelas irmãs Maria Micaela e Luiza Helena.  

Na Santa Casa, sua atuação se destacou pela total reorganização dos serviços de manutenção e enfermagem. No Asilo dos Órfãos, além da direção do estabelecimento, se dedicava a ministrar aulas de ensino do grau primário.

Com o advento da epidemia da febre amarela, em 1889, Irmã Serafina se empenhou em minorar o doloroso sofrimento das vítimas da doença, no mais alto exemplo de amor ao próximo.

No entanto, o contágio não se fez esperar. Quase todas as irmãs da Santa Casa e do hospital ambulante, criado para atender à crescente demanda de socorro aos enfermos, caíram doentes. Irmã Maria dos Serafins Favre foi a única que veio a falecer.

Como reconhecimento do devotamento da abnegada religiosa a Câmara Municipal fez os seus funerais, elevou-lhe um túmulo e deu o nome de Irmã Serafina à antiga Rua Sete de Setembro, conforme Ata da Sessão de 1º de Julho de 1889.

O Presidente da Câmara Municpal, José Paulino Nogueira, mandou colocar um placa na sepultura da sóror Maria dos Serafins Favre, com os seguintes dizeres: “Vítima de sua dedicação”, uma fiel tradução da fatalidade que lhe ocorreu, quando no empenho de seu ofício.

Referências

CAMPANHOLA, Alexandre. Rua Irmã Serafina: quem foi a Irmã Serafina. Disponível em: <https://campinassim.blogspot.com/search?q=serafina>. Acesso em: 11 julho 2023.

GOULART, Edmo. Campinas: ruas da época imperial. Campinas: Maranata, 1983. p. 69-71.

LIMA, Jorge Alves de. O ovo da serpente: Campinas 1989: 1º volume. Campinas: Arte Escrita, 2013. p. 229