Antonio Carlos da Silva Telles nasceu em 21 de setembro de 1854, em Capivari e faleceu em 24 de janeiro de 1925, em São Paulo, capital.
Casou-se com Olympia Nogueira Ferraz, irmã do Coronel José Paulino e do Major Arthur Nogueira Ferraz. Ao lado dos cunhados e do sobrinho Paulo de Almeida Nogueira foi um dos fundadores de Cosmópolis.
Residiu em Santos onde foi comissário de café, chefe político e presidente da Associação Comercial da cidade.
Participou da Convenção de Itu, em 1873, considerada a primeira reunião oficial dos republicanos do Estado de São Paulo.
Em 1898, em um cartório na região central de Campinas, tendo como testemunha o Cel. Bento Quirino, era oficializada a compra das terras da Fazenda Funil, adquirida pelos irmãos Nogueira, por Paulo de Almeida Nogueira e pelo Coronel Silva Telles. Nessas terras foi fundada a Usina Ester, nome dado em homenagem à esposa de Paulo de Almeida Nogueira, sendo uma das mais antigas usinas de açúcar do Estado de São Paulo em atividade.
O nome do Coronel Silva Telles também está registrado na história da Carril Agrícola Funilense. No caminho entre a Fazenda Funil e Campinas havia propriedades produtoras de café
A comunicação entre essas duas regiões era bem dificultada, o que atrapalhava o escoamento do café, o abastecimento das fazendas e povoados, além do oferecimento das pequenas produções dessas populações para a cidade.
A criação da Companhia Carril Agrícola Funilense surgiu como solução para colonizar a região, aproveitando o desempenho das plantações de café, servindo para abastecer as populações locais com produtos de Campinas e abastecer Campinas com produtos vindos da região.
A companhia passou por vários incorporadores, incluindo o Barão Geraldo de Rezende, até ser finalmente adquirida, em 1898, pelo Grupo Nogueira & Cia., do qual o Coronel Silva Telles fazia parte.
Abolicionista convicto, Silva Telles realizou incontáveis libertações de escravos com recursos próprios. Realizava suas ações em total anonimato, comprando negros das fazendas próximas e contratando como trabalhadores livres nas propriedades da família.
A avenida que leva o seu nome (antiga Avenida Germânia) foi denominada por proposta da Comissão de Legislação da Câmara Municipal, convertida na Resolução nº 738, de 5 de outubro de 1923.
